Como já é habitual, a Biblioteca comemorou o dia dos Namorados com atividades que não deixaram ninguém indiferente.
As professoras estagiárias de Português e de Espanhol associaram-se a nós e assinalaram o dia de S. Valentim, proporcionando a troca de mensagens de amizade e de amor de uma forma tradicional. Foi «plantada» uma caixa de correio «carinhosa» em plena Biblioteca, que deu muitos frutos, dito de outra forma, os nossos alunos «desconectaram-se» momentaneamente das tecnologias e, com palavras simples, desabrocharam sentimentos e emoções que enriqueceram este dia.
Foram entregues marcadores de livros e flores de papel a todos os alunos que participaram nesta atividade, para que os bons sentimentos não durem apenas um dia.
A expetativa de poder vir a receber uma dessas cartas era muita…
Afinal, quem nunca escreveu/recebeu cartas de amor? Será que todas as cartas de amor são rídiculas?
E porque achamos que este poema vem muito a propósito, deixamo-lo, neste espaço, como sugestão de leitura.
Todas as Cartas de Amor são Ridículas
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Por aqui, continuamos apaixonados por obras como as que aqui destacamos.
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